quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O blog continua em inglês!



Este blog foi finalizado!
Você pode conhecer mais sobre o ensino afetivo de línguas pelo blog
 Childrenlearningenglishaffectively.blogspot.ca (em inglês)

Acesse também o site oficial da Juan Uribe Ensino Afetivo.

See you there,

Juan

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Truques mágicos para contar histórias: o gancho




Contar histórias é uma arte e assim não há certo e errado no mundo da fantasia.
Aqui compartilho um  dos meus "truques" favoritos que temos utilizado com sucesso na escola para envolver as crianças ao contarmos histórias: o gancho. (Pessoalmente não gosto muito do nome, mas eu o traduzi do inglês "hook") 

Funciona assim: antes mesmo de mencionar que você vai contar uma história, você pode fazer uma pergunta interessante a respeito dos aspectos principais do enredo da história. Vamos dizer que por exemplo você têm o livro do Curious George, que é um macaquinho bem travesso. Você poderia iniciar com uma das perguntas: 

Alguma vez você já esteve em apuros?

Você conhece alguém que foi enganado?

Ou talvez, melhor ainda, você pode começar compartilhando a sua experiência respondendo a própria pergunta, em vez de fazê-la. Em nossa vivencia com as crianças, elas sempre contam algo que aconteceu com elas após contarmos o que aconteceu com a gente. Desta forma ativamos a mente das crianças em torno do enredo da história e elas vão estar muito mais interessadas quando a história for “por coincidência” sobre o tema que vocês estavam conversando!

Note que a pergunta do gancho deve ser uma faísca para conversas realmente interessantes. Perguntar se a criança é curiosa ou se ela já viu um macaco, além de induzirem ao sim ou não,  não trazem o tipo de envolvimento real desejado. Lembre sempre da regra de ouro: não faça perguntas para as quais você já sabe a resposta. 

 E aí Shazam! Enquanto você estiver contando a história, você pode fazer as ligações com a vida das crianças como: 

“Como o Pedro, o George também gosta de fazer bagunça com água”.

“Diferente da amiga da Maria, o George não percebeu que estava sendo enganado.”
 

O bacana é que em muitas histórias, os personagens fazem as mesmas coisas que os alunos! Estas inclusões fazem com que todos nos relacionemos de uma forma mais íntima com as histórias. Mesmo se você não conseguir fazer a relação com as histórias contadas pelas crianças, você terá pedras preciosas para fazer ligações de histórias com a vida dos alunos no futuro. Eles se sentem super valorizados quando a gente lembra. 

Invista bons cinco minutos no “gancho”, já que a intimidade e cumplicidade de uma boa história pode começar bem antes do começo. 

Um grande abraço-sapo, 

Juan

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quarta-feira, 14 de março de 2012

Vivendo o ensino afetivo de inglês para crianças

Compartilhamos aqui como vivemos o ensino afetivo de inglês para crianças por meio de ações que temos todos os dias com os alunos, famílias e com o nosso grupo. 


Um grande abraço-sapo!

Juan


Acesse aqui o video se você não conseguir assisti-lo nesta página: http://www.youtube.com/watch?v=A6bm_WV_Bj8 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Observando o faz de conta das crianças







                                                                                O brincar não é um descanso do aprender.
                                                                                  É a forma pela qual as crianças aprendem.


Imagino que você certamente já parou para ver as crianças brincando de faz de conta. Se não o fez recentemente, reserve um tempo para isto. Nós, aqui na Juan Uribe Ensino Afetivo, o fazemos muito nas aulas de inglês para crianças. No faz de conta podemos ver o as novas experiências, suas dúvidas e conflitos, e a preparação para novos desafios. Fiz um artigo em 3 partes para vermos a brincadeira sobre três ângulos: o psico-social, o estrutural, e o cognitivo. Vamos lá!

As crianças brincam de faz de conta pelos seguintes motivos sociais e psicológicos:

1)   Imitam os adultos
2)   Experimentam papéis da vida real intensamente
3)   Refletem sobre experiências e relacionamentos
4)   Expressam necessidades urgentes
5)   Soltam impulsos socialmente não aceitáveis
6)   Trocam o papel que geralmente têm nas relações
7)   Revivem suas atitudes e se ajustam à realidade
8)   Tentam muitas soluções e resolvem problemas


O faz de conta também tem suas estruturas e regras implícitas, como podemos ver os diferentes tipos de interação que acontecem na brincadeira:

Definindo a situação: Vamos brincar de casa.
Alocando papéis: Eu vou ser o papai e você é o filho. 
Definindo o lugar: Aqui é a cozinha. 
Especificando do plano: Eu vou fazer o jantar e você espera aí. 
Definindo acessórios: Esta é a minha panela. 
Corrigindo processos e o script: O papai não cozinha desse jeito.
Dirigindo as ações do outro: É assim que a gente faz.
Lembrando de regras de contexto imaginário x real: Você não precisa fazer assim.
Finalização ou transição: Pronto, o jantar acabou.
Comentando sobre o clima interpessoal: A gente tá brincando, então nós somos amigos né?


Eu tive a oportunidade de observar estas interações com meu lindo sobrinho de 3 anos, o Leo, filho da Sosô, em uma temporada que passei na casa deles. Curioso, no meio de uma brincadeira fiz a última pergunta acima: a gente tá brincando, então somos amigos, né? Para a minha alegria e surpresa, ele parou de brincar, virou para mim e me disse: Me dá um abraço? Que tesouro de lembrança!


 O brincar de faz de conta é uma atividade holística muito intensa, que engloba os campos social, afetivo, físico, linguístico, intelectual, entre outros.  Aqui listo algumas das ações cognitivas que as crianças desenvolvem enquanto elas estão envolvidas na fantasia:

Descrevem    Comunicam    Identificam    Escutam    Combinam    Classificam

           Comparam   Criticam   Avaliam   Explicam   Definem   Colecionam   Escolhem 

Trocam    Perguntam      Organizam   Integram   Simplificam    Entendem    Penalizam 


Tudo isto em uma "simples" brincadeira de faz de conta! 


Importante é conhecer sobre a brincadeira para por meio dela poder ensinar. Pesquisamos, trocamos e somos muito curiosos sobre como ter sempre o brincar nas nossas aulas de inglês para crianças. Nada mais chato que alguém que quer brincar e acaba estragando a brincadeira. 


Como é bonita e fascinante esta forma saudável, nutritiva, criativa que nos constitui gente: o Brincar.  Vai com letra maiúscula sim. Em respeito!


Um grande abraço-sapo, 


Juan




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