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quarta-feira, 14 de março de 2012

Vivendo o ensino afetivo de inglês para crianças

Compartilhamos aqui como vivemos o ensino afetivo de inglês para crianças por meio de ações que temos todos os dias com os alunos, famílias e com o nosso grupo. 


Um grande abraço-sapo!

Juan


Acesse aqui o video se você não conseguir assisti-lo nesta página: http://www.youtube.com/watch?v=A6bm_WV_Bj8 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Observando o faz de conta das crianças







                                                                                O brincar não é um descanso do aprender.
                                                                                  É a forma pela qual as crianças aprendem.


Imagino que você certamente já parou para ver as crianças brincando de faz de conta. Se não o fez recentemente, reserve um tempo para isto. Nós, aqui na Juan Uribe Ensino Afetivo, o fazemos muito nas aulas de inglês para crianças. No faz de conta podemos ver o as novas experiências, suas dúvidas e conflitos, e a preparação para novos desafios. Fiz um artigo em 3 partes para vermos a brincadeira sobre três ângulos: o psico-social, o estrutural, e o cognitivo. Vamos lá!

As crianças brincam de faz de conta pelos seguintes motivos sociais e psicológicos:

1)   Imitam os adultos
2)   Experimentam papéis da vida real intensamente
3)   Refletem sobre experiências e relacionamentos
4)   Expressam necessidades urgentes
5)   Soltam impulsos socialmente não aceitáveis
6)   Trocam o papel que geralmente têm nas relações
7)   Revivem suas atitudes e se ajustam à realidade
8)   Tentam muitas soluções e resolvem problemas


O faz de conta também tem suas estruturas e regras implícitas, como podemos ver os diferentes tipos de interação que acontecem na brincadeira:

Definindo a situação: Vamos brincar de casa.
Alocando papéis: Eu vou ser o papai e você é o filho. 
Definindo o lugar: Aqui é a cozinha. 
Especificando do plano: Eu vou fazer o jantar e você espera aí. 
Definindo acessórios: Esta é a minha panela. 
Corrigindo processos e o script: O papai não cozinha desse jeito.
Dirigindo as ações do outro: É assim que a gente faz.
Lembrando de regras de contexto imaginário x real: Você não precisa fazer assim.
Finalização ou transição: Pronto, o jantar acabou.
Comentando sobre o clima interpessoal: A gente tá brincando, então nós somos amigos né?


Eu tive a oportunidade de observar estas interações com meu lindo sobrinho de 3 anos, o Leo, filho da Sosô, em uma temporada que passei na casa deles. Curioso, no meio de uma brincadeira fiz a última pergunta acima: a gente tá brincando, então somos amigos, né? Para a minha alegria e surpresa, ele parou de brincar, virou para mim e me disse: Me dá um abraço? Que tesouro de lembrança!


 O brincar de faz de conta é uma atividade holística muito intensa, que engloba os campos social, afetivo, físico, linguístico, intelectual, entre outros.  Aqui listo algumas das ações cognitivas que as crianças desenvolvem enquanto elas estão envolvidas na fantasia:

Descrevem    Comunicam    Identificam    Escutam    Combinam    Classificam

           Comparam   Criticam   Avaliam   Explicam   Definem   Colecionam   Escolhem 

Trocam    Perguntam      Organizam   Integram   Simplificam    Entendem    Penalizam 


Tudo isto em uma "simples" brincadeira de faz de conta! 


Importante é conhecer sobre a brincadeira para por meio dela poder ensinar. Pesquisamos, trocamos e somos muito curiosos sobre como ter sempre o brincar nas nossas aulas de inglês para crianças. Nada mais chato que alguém que quer brincar e acaba estragando a brincadeira. 


Como é bonita e fascinante esta forma saudável, nutritiva, criativa que nos constitui gente: o Brincar.  Vai com letra maiúscula sim. Em respeito!


Um grande abraço-sapo, 


Juan




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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O que é exatamente o ensino afetivo do inglês para crianças?














Como é que exatamente educadores envolvem alunos para aprender uma nova língua integrando emoção, cognição e linguagem? O que é o ensino afetivo do inglês?

A resposta para esta pergunta tem me intrigado por pelo menos 20 anos e ainda hoje eu me sinto fascinado pela simplicidade e complexidade do ensino afetivo de línguas para crianças. Simplicidade no saber e entender e complexidade no implementar e viver. Mesmo tendo estudado o tema por quase duas décadas, eu ainda me considero um aprendiz neste vasto domínio. Aqui abaixo eu apresento algumas características-chave e posturas pedagógicas presentes no ensino afetivo de línguas:

O ensino afetivo exige que respeitemos os alunos. Isto acontece quando valorizamos e aceitamos suas histórias, credos, religiões, e status sociais, mesmo quando diferentes dos nossos. Nós respeitamos nossos alunos quando os escutamos com atenção, quando pedimos suas opiniões com sinceridade, e quando valorizamos seus conhecimentos de verdade. O respeito está presente quando cumprimos as nossas promessas, quando deixamos que se expressem com seus corpos, e certamente quando acreditamos que todos os alunos são capazes de aprender, de formas diferentes, sem desistir  de nenhum deles.

O ensino afetivo exige que escutemos aos alunos. Quando educadores escutam seus alunos, educadores conseguem conhecer histórias prévias de aprendizagem, medos, expectativas, sonhos e paixões. Estes mundos internos dos alunos são extremamente importantes para o planejamento de aulas futuras uma vez que os estados emocionais dos alunos influenciam e propulsionam a aprendizagem. Importante também é escutar com os olhos, ouvir aquilo que não é dito, já que o silêncio pode revelar sentimentos e pensamentos que não estão ainda prontos para ser expressados. O educador pode escolher verbalizar estas mensagens silenciosas e trazê-las para discussão, sem identificar alunos, pedindo que a turma como um todo confirme sua impressão. O momento de roda é importante para todos nós, não somente para as crianças mais jovens. Este não é tempo perdido, mas sim tempo investido na formação de vínculo com o grupo e entre o grupo. É fascinante e recompensador ver como os alunos ficam entusiasmados quando eles percebem que realmente os escutamos e que preparamos algo que é especificamente significativo para eles.

O ensino afetivo exige que nós nos comuniquemos autenticamente com os alunos. Isto significa usar o inglês sempre como um meio real de comunicação, com o qual trocas autênticas acontecem, como quando educadores fazem perguntas para as quais eles realmente querem saber a resposta.  Perguntar a alunos “Is this a frog?” quando mostramos uma figura de um cachorro não faz nenhum sentido. Quando a linguagem é utilizada desta forma alienante, as crianças perdem a motivação para aprender ( e os professores de ensinar) porque a língua está dissociada de suas vidas, é uma língua morta, sem brilho. Educadores devem sempre se perguntar como as crianças se sentiriam se escutassem o que eles estão dizendo em português. Se for percebibo como bobo ou sem sentido, a língua não está certamente sendo utilizada como um meio de comunicação. No encontro da vida dos alunos e do educador com a língua autêntica surge uma língua viva. 

O ensino afetivo exige que nos expressemos afetivamenteO afeto não está presente somente nas nossas palavras, mas principalmente em como nós nos expressamos. Nosso tom de voz, volume, velocidade e entonação carregam mensagens de aceitação, paciência, parceria e fé. O afeto também está presente no nosso discurso modificado, mais lento, mais redundante, com cognatos e gestos, que permite que os alunos entendam e interajam com a gente com sucesso. Não podemos nos esquecer de nossa linguagem corporal, principalmente de nosso sorriso, olhar e movimentação na sala de aula.

O ensino afetivo exige que nós nutramos a nossa curiosidade e a dos alunos. A curiosidade faz com que o ensino seja muito mais interessante e divertido para todos. A curiosidade pode ser aumentada com novidades, contradições e perguntas cativantes. A curiosidade acontece quando nós admitimos o nosso não-saber, saímos da nossa zona de conforto, e nos aventuramos em saber mais sobre diferentes animais, comidas, lugares, culturas e pessoas juntamente com os alunos. Educadores podem incentivar a curiosidade das crianças por meio da música, poesia, literature, teatro, dança e outras formas de expressão artística. Curiosidade também sobre nossas famílias, animais de estimação, hobbies, e principalmente sobre o aprender. Escutar aos outros e falar sobre nós mesmos em inglês é uma experiência afetiva intensa, na qual a lingual é utilizada como um meio real de comunicação. Mas vale sempre lembrar que devemos ser curiosos, mas não xeretas. 

O ensino afetivo exige que compartilhemos poder na sala de aula. Compartir poder acontece quando os professores tomam decisões juntamente com os alunos sobre o conteúdo e possíveis caminhos para a aprendizagem. Os alunos se sentem apoderados quando podem ensinar a seus colegas, se auto-avaliarem, e escolher como fazer tarefas. Mas principalmente, o compartir poder acontece pela escuta e pelo espaço de fala, que acontecem quando estamos presentes na relação.

O ensino afetivo exige que tenhamos auto-percepção. Isto implica em estarmos atento à nossa presença física, nossos movimentos, nossa escuta, nossa fala, nosso respeito, e ao nosso compromisso com os alunos e com os nossos credos. A auto-percepção pode ser desenvolvida por meio da reflexão sobre a dinâmica da sala de aula por diários reflexivos, supervisão mútua, e por auto-gravação. Meditação, yoga, e mindfulness são caminhos de auto-conhecimento que podem nutrir nosso bem-estar e criar maior disponibilidade com nossos alunos. Para isto passamos por um processo no qual sentimos nossos preconceitos, incompetências e impaciência e aceitamos que somos também aprendizes como educadores e pessoas.

O que não é ensino afetivo

Um entendimento errôneo do ensino afetivo é que o professor é mais um amigo do que realmente um professor. Nesta concepção as crianças "aprenderiam mais" sempre que gostassem do professor. Professor este que pode ser assim influenciado a fazer somente o que a criança quer ou sabe, resultando em uma mistura de improvisação e permissividade. Por último, o ensino afetivo não tem nada a ver com beijar, abraçar ou elogiar excessivamente aos alunos.

Conclusão

Termino este post tentando definir em uma frase o conceito de ensino afetivo: O ensino afetivo é o ato democrático de apoderar alunos e educadores com o objetivo de aprendizagem conjunta em uma relação afetivo-pedagógica, consciente, curiosa e comprometida.

Um grande abraço-sapo,

Juan

Um grande educador afetivo que admiro é Paulo Freire. Dele bebi muitas idéias e aqui neste artigo segui o formato "Educar exige"... que Paulo usou na apresentação de seus 27 saberes da educação no livro Pedagogia da Autonomia.  

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Entendendo e nutrindo o brincar





                                     “Nós não paramos de brincar porque envelhecemos.
                                       Nós envelhecemos porque paramos de brincar.”                                                                                                           
                                                                          George Bernard Shaw


O brincar é o tipo de atividade que achamos que conhecemos, até que nos fazem as perguntas óbvias e temos que explicar e definir o que é a brincadeira. Mais dificil ainda é entender o que exatamente acontece na cabeça das crianças durante este processo lingüistico, cognitivo, social e afetivo que infelizmente tem perdido seu espaço na agenda das crianças modernas. Este tema nos fascina aqui na Juan Uribe, já que vivemos o brincar nas nossas aulas de inglês para crianças. 

O brincar é essencial para nutrir muitas das necessidades básicas do desenvolvimento infantil: aprender, socializar, sentir-se desafiado, criar, acalmar-se e focar, competir e cooperar, disfrutar de si mesmo e de outros, e finalmente se divertir. Quando estão brincando as crianças usam as mãos, a mente e o coração.

O brincar permite a criança conhecer-se melhor, aos outros e também ao seu ambiente. O brincar no presente está relacionado a experiências passadas e futuras, uma vez que as crianças constroem e exploram ativamente e criativamente modelos de mundo, especialmente quando repetem situaçoes muitas vezes para investigar e testar as próprias idéias sob diversas perspectivas.

O brincar acontece somente quando as crianças não se sentem ansiosas ou ameaçadas, e depois que elas estão familiarizadas e tenham explorado o objeto com o qual estão brincando. Durante a brincadeira as crianças não focam nos objetos em si, mas no que podem fazer com eles. As crianças não podem ser forçadas a brincar e também não precisam ser ensinadas a faze-lo.

O brincar também nutre o desenvolvimento das habilidades lingüísticas da crianças, uma vez que elas experimentam palavras, frases, e estruturas enquanto brincam para expressar seus pensamentos e idéias, para resolver problemas e para comunicar seus desejos. Uma vez que elas brincam de forma mais complexa, sua linguagem também é mais sofisticada. Por último, o brincar fornece aos adultos a possibilidade de compartir o mundo das crianças com as regras e o tempo das crianças.

Aqui tenho algumas dicas que escrevi e outras que eu adaptei da Action Alliance for Children (www. 4children.org) para nutrir o brincar com seus alunos e crianças:

Deixe a criançar aprofundar sua brincadeira em deixar materiais por periodos mais frequentes e mais longos. Desligue a televisão, pois esta distrai a criança e faz com que os ciclos de exploração sejam curtos e frequentemente interrompidos.

Forneça brinquedos que crianças possam usar de várias formas como blocos, papel e giz de cera, bonecos e animais de pelúcia, bolas, massinha. Quanto mais simples o brinquedo, mais complexa é a brincadeira. Modele a brincadeira e deixe que eles brinquem como quiserem.

Incentive as crianças a brincar com objetos simples como caixas, potes e panelas e também com folhas, gravetos e pedras. O brincar está no criar, no compartir idéias, e usar a imaginação. Brincar não tem a ver nos truques que um brinquedo faz sozinho.

Crie um ambiente onde as crianças se sintam seguras para tentar novas coisas e onde elas sintam que tem o apoio de adultos. Deixe que elas se movimentem e que façam barulho. Limitar a criança a espaços pequenos e pedir que brinquem em silêncio tolhem a liberdade e dificultam o desenvolvimento infantil.

Ao ver uma criança brincando um adulto pode  participar da brincadeira dando novas palavras, nomeando objetos, ou narrando o que eles estão fazendo. Um pai ou educador pode também alongar a brincadeira  (no caso de uma criança fingindo que uma cadeira é um carro)  perguntando “onde você está indo?” ou  “o que você está vendo pelo caminho?

Observe as atividades das crianças e note como pensam. Vendo que uma criança alinha dinosauros pelo tamanho mostra o seu entendimento de tamanhos e de colocar coisas em ordem. A criança pode também estar reproduzindo uma entrada da escola na qual ela vivenciou estar em uma fila.

Tire fotos e guarde alguns de seus brinquedos para criar memórias dessa época tão especial e presentear seus filhos quando eles forem adultos. Eu aprecio as fotos que foram tiradas com meus brinquedos e gostaria muito de ter alguns destes para compartir com meus filhos.

Um grande abraço-sapo,

Juan


Confira também: Observando o faz de conta das crianças.


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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Aulas de inglês afetivo para crianças disléxicas






Creio que os alunos disléxicos também aprendem línguas. Aprendem quando o método que pelo qual a língua é apresentada é apropriado à forma como eles melhor aprendem. As crianças aprendem melhor quando se movimentam, falam sobre si, desenham, criam, participam com o que melhor fazem. Cada criança têm suas características, sua história e suas habilidades que representam desafios pedagógicos para o educador envolvido em aulas de inglês para crianças.

O educador que trabalha afetivamente com uma criança consegue atuar melhor quando discute com o aluno formas de planejar, registrar e avaliar o estudo, tanto em seu conteúdo quanto em sua forma. Este diálogo e a construção desta parceria é fundamental para que possarmos ter um clima de transparência e confiança entre aluno e educador. Este clima fortalece o processo de aprendizagem  nos momentos de devolutiva e discussão sobre como ambos se sentem e como o progresso é sentido.

Trabalhar a auto-estima do aluno mostrando que ele também é capaz, de outra forma e em outro ritmo, é uma área que deve ser planejada, refletida e sistematizada para que o aluno consiga ter uma nova auto-imagem e dar se uma chance de aprender de forma desligada de experiências anteriores com um ensino não apropriado a suas necessidades.

Um trabalho junto a família para que esta valorize o processo, os esforços e reconheça os pequenos passos dados é também fundamental. Este educador deve ser um pesquisador curioso que estude a dislexia e que registre o processo pelo qual passa com este novo aluno, para que possa também organizar seus pensamentos e agir de uma forma consciente e reflexiva. Uma ação espontaneísta priva a criança de progredir.

Abaixo coloco algumas formas que tenho utilizado e que tiveram bons resultados nas aulas de inglês para crianças:

  • Utilize movimento entre atividades curtas.
  • Faça projetos de interesse do aluno.
  • Mostre seus objetos pessoais, suas fotos, fale de você.
  • Desenvolva projetos de artes que tenham produtos.
  • Valorize e incorpore atividades nas quais o aluno tem sucesso.
  • Tenha momentos de relaxamento e descontração no inicio e no fim de aulas.
  • Faça revisões freqüentes, de formas diferentes.
  • Trabalhe o conteúdo de diversas formas
  • Utilize diferentes cores e associe figuras a palavras
  • Use músicas e ritmos
  • Escreva com giz grande e use massinha
  • Use o computador e jogos para fixação

A criança com dislexia aprende e trabalhar com ela é um desafio. Converse com outros profissionais para a troca de experiências e apoio mútuo. Boa sorte!

Juan


Para mais informações sugiro entrar em contato com a Associação Brasileira de Dislexia. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Fortalecendo a auto-estima infantil por meio de estórias

Por Juan Uribe 


Nos dias de hoje em que as crianças ficam extremamente envolvidas pela televisão, internet e videogames, acredito que é de extrema importância resgatarmos comportamentos que fazem a diferença no desenvolvimento infantil. Um destes comportamentos é certamente a comunicação e o compartilhamento de vivências na família. Muitos pais se sentem culpados porque não podem estar durante todo o dia com suas crianças e dedicar-se da forma que gostariam. 


Uma forma poderosa de ter tempo de qualidade e de aproximar-se de sua criança é através de estórias. Quando contamos estórias nós podemos ver, pensar, questionar, entender e rir juntos. Como conseqüência nós desenvolvemos uma relação mais próxima com nossas crianças. Esta relação ajudará sua criança a sentir-se mais amada e capaz e ela desenvolverá uma auto-estima saudável.

Contar estórias é uma experiência. Mais do que estar envolvidos e interessados no conteúdo e como a estória vai terminar, contar estórias cria relacionamentos. Quando nos perguntam que estórias nos eram lidas e contadas quando éramos pequenos, muitos de nós não nos lembramos destas. O que certamente nos lembramos é o clima aconchegante de termos uma estória contada e do sentimento que nós éramos importantes para que alguém próximo dedica-se este tempo especial para estar junto a nós. Na formação da auto-estima, as crianças se valorizam da mesma forma que pessoas significativas as valorizam. Não é por acaso que Lewis Caroll chamou as estórias de presentes de amor.

Além dos benefícios afetivos as estórias trazem benefícios lingüísticos e cognitivos como: sensibilização da imaginação, expansão de vocabulário, desenvolvimento de pensamento crítico, gosto pela leitura e refino da escuta e da fala. Primeiro necessitamos gostar de estórias para começarmos a ler e não o contrário. Abaixo damos algumas dicas para você começar a contar estórias: 

Preparando uma estória: 
- escolha uma estória que você goste e escolhe um lugar calmo em que você se sinta confortável e que você sabe que vai poder dar atenção total a sua criança. Aproveite os momentos que você estaria perdendo como, por exemplo, esperando por um médico. Faça deste tempo qualidade. 
- sente-se em frente à criança e segure o livro aberto em seu colo. Desta forma será mais fácil para você ter contato visual com a criança. Se ele ou ela estiverem do seu lado, será muito difícil. O livro não deverá estar aberto no chão pelo mesmo motivo. 
- antes de mostrar o livro, comece uma conversa sobre o tema principal ou um tema secundário da estória. Quando você apresentar o livro, a criança já estará envolvida e pronta para que você comece a estória. Ex: Você já esteve em alguma situação em que precisou a ajuda de alguém? Você pode alinhar um ponto que quer dar atenção desta forma. 

Começando e terminando estórias: - se uma estória é um presente, é importante que seja bem apresentada. Digo que abrir e fechar com graça são o papel que envolve a estória. Eles dão ritmo ao inicio e final e trazem ainda mais mágica e mistério a estória. Aqui abaixo listo meus preferidos: 

Abrindo estórias:
No tempo dos sonhos....
Eu te contei, não te contei .....
Lá nos velhos tempos .....
Uma estória, uma estória. Deixe-a vir, deixe ir ...


Fechando estórias
Se eles viveram felizes, devemos você e eu.
E tudo foi como deveria ser
E depois disto eu não estava mais por perto
Esta é uma estória real, e se não é, deveria ser!

Contando estórias: 
- deixe a criança explorar a página por cinco segundos antes de perguntar algo. O primeiro comentário pode ser sobre algo que você não esperava e estes segundos de silêncio transmitem a idéia que você está junto com ela. 
- situe a estória no espaço e tempo. Assim ajudamos a criança a visualizar a estória. Enquanto estiver situando diga por exemplo: A muitos anos atrás, em um vilarejo escondido atrás de sete montanhas e sete rios moravam pessoas que gostavam de nadar a noite. 
- pergunte a criança o que ela acha que vai acontecer na seqüência. Peça para a criança contar como um personagem chegou até determinada situação. Isto ajuda a criança a ver as conseqüências de seus atos e como podem conseguir seus objetivos. 
- pergunte a criança o que ela faria se fosse o personagem. Isto ajuda a tomar diferentes perspectivas e a ter habilidades para solucionar problemas. Isto ajuda na independência. 
- analise juntamente uma determinada situação e como seria na vida real. Esta situação é possível ou não? Ajudamos as crianças a estimarem pesos, medidas e velocidades e a distinguir a fantasia da realidade. Pergunte se as atitudes tomadas são certas ou erradas e cheque as conseqüências ligadas a estas escolhas
- com crianças pequenas finja estar interagindo com o livro, abrindo portas, cortando cordas, ajudando os personagens a fazer coisas. E ótimo para as crianças pequenas e é pura diversão. Os pais compartilham o mundo de faz de conta. 

Vamos valorizar nossas crianças através de estórias. Comece hoje mesmo! 


Um grande abraço-sapo, 

Juan Uribe


Assista Sosô Uribe contando a história Gingerbread Man usando a nossa técnica de mescla de línguas, pela qual as crianças descobrem sozinhas o significado das palavras em um contexto envolvente.


Conheça também 100 formas de abrir e fechar histórias com graciosidade que utilizamos em nossas aulas de inglês para crianças em português e em inglês.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Juan foi aceito no mestrado na Universidade de Toronto!

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Queridas famílias,

É com muita alegria que compartilho com vocês que minha proposta de mestrado foi aceita e que serei em breve aluno do Master of Education no Ontario Institute for Studies in Education (OISE) da Universidade de Toronto. Estou muito entusiasmado em poder ter a oportunidade única de compartilhar, pesquisar e aprender com futuros colegas e renomados professores sobre como as crianças aprendem e como as emoções influenciam este fascinante processo.
A partir de agosto estarei em Toronto por dois anos de curso como um elo entre a Juan Uribe Ensino Afetivo e a OISE, que é um dos centros de ensino e pesquisa mais reconhecidos no mundo, e promoverei a troca de idéias e conceitos entre as pessoas das duas instituições com o objetivo de contribuir para a nossa visão, que é ser um centro de referência mundial no ensino afetivo de inglês para crianças.
Muitos podem se perguntar: mas como será a Juan Uribe Ensino Afetivo sem o próprio Juan Uribe? Fico feliz e orgulhoso em constatar e afirmar que a escola é hoje a sinergia de desejos, olhares, palavras e ações alinhadas de uma equipe empenhada. Gente que se realiza em desenvolver, discutir, criar e melhorar um ambiente pedagógico aconchegante, estimulante e significativo para se aprender e ensinar. 
Fico muito tranqüilo em saber que as diretoras Sosô e Heidi junto à coordenação com Marina, Mariana e Rafael continuarão a articular o funcionamento, crescimento e desenvolvimento da escola. Tenho muita segurança e confiança na competência dos profissionais que constituem a escola e sei que ela continuará afetiva, criativa e cheia de vida, mesmo sem a minha presença no cotidiano. Estarei  em contato freqüente com Sosô e Heidi e continuaremos com a supervisão pedagógica de Fátima Freire.
A escola surgiu a partir de um sonho de criança e ela me possibilita hoje realizar um sonho de adulto, que é o de ter a experiência de ser aluno em uma universidade de prestígio no exterior.

Agradeço a todos pelo apoio!
Um abraço-sapo,

Juan












quarta-feira, 12 de maio de 2010

Video com depoimentos de pais

Compartilho com vocês o video que fizemos reunindo a opinião de vários pais de alunos da escola. Confira a nossa forma de dar aulas de inglês para crianças!

quarta-feira, 3 de março de 2010

O Flea Market 15 anos está chegando!












Estamos muito felizes com os preparativos do Flea Market de 15 anos da escola. Neste dia especial recordaremos a nossa trajetória e receberemos com muito carinho gente que participou da nossa história.

Será um dia muito emocionante para todos nós!

data: sábado, 6 de março de 2010
horário: das 3 às 6 da tarde

Hugs,

Juan

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Interagindo em inglês com sua criança

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É sempre com muita alegria que vemos nossos filhos crescendo e se desenvolvendo. Eles engatinham, falam, brincam, e provavelmente irão estudar, mais cedo ou mais tarde o inglês. Dominar o inglês, ou outra língua, representa maiores possibilidades de desenvolvimento pessoal, de conviver com outra cultura, e no futuro de conseguir melhores empregos. Tudo isto gera ansiedade nos pais, principalmente nos que não dominam a língua, que pode ser passada para as crianças. 

O desenvolvimento da criança pode ser afetado pela forma como os pais se relacionam com a criança e a língua. Acredito que pais podem conversar em inglês com seus filhos de uma forma produtiva e divertida. Coloco aqui dicas de interações que fortalecem o vínculo das crianças com a língua e com a família:

  1. Dê comandos simples em inglês. Assim a criança tem sucesso por meio da compreensão e da execução da ação.
Ex: call your mother please, throw me the ball, touch here, let’s go, get your cap.

  1. Faça perguntas simples, permitindo que a criança responda em português. Somente faça perguntas que você não saiba a resposta.
Ex: where’s your sister?, have you finished your homework? , are you ready?  

  1. Dê opções de resposta em perguntas, para que a criança escolha uma. Desta forma modelamos a resposta e ajudamos a criança a produzir em inglês.
Ex: Would you like water or juice? Are you ready or not yet? Is this good or more?

  1. Aproveite para também ensinar, em vez de testar, apresentando palavras por meio de gestos, contexto, ou apontando para que a criança descubra sozinha o significado da palavra. Use também cognatos, que são as palavras parecidas com o mesmo significado.
Ex: Get me the jar to put the juice. (apontando)  
       You have to squeeze. (fazendo o gesto)

  1. Ajude-as a produzir em inglês dando o começo de palavras quando elas não lembrarem. É importante que esta técnica seja utilizada somente quando a criança consegue completar com facilidade.
Ex: Criança: Vem aqui
       Pai:  Co...
       Criança: Come here

6.  Compartilhe suas músicas favoritas e que sejam fáceis de entender. Escute as músicas favoritas deles em inglês e as ajude com a letra. Cantem juntos!

Evite:

  • Fazer que você não entende português. Elas sabem que você entende.
  • Fazer perguntas que você já sabe a resposta.
       Como é verde em inglês? Eu me esqueci.
       What’s your name? / Do you like chocolate?
  • Perguntar algo que não faz sentido se fosse perguntado em português.        What’s this? - mostrando um livro. Mas está ok, se for uma peça de jogo, que você não tem idéia do que seja.
  • Conversar somente em inglês com sua criança. A afetividade é passada em nossa língua nativa. O inglês é para momentos de brincadeira juntos.

Desejo ótimas conversas em inglês com as crianças!

Um grande abraço-sapo, 

Juan

Confira também como ensinar inglês para sua criança afetivamente.


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